A escolha de um curso superior em Portugal pode ter um impacto significativo na inserção no mercado de trabalho. A taxa de empregabilidade é um dos fatores cruciais a serem considerados. De acordo com dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e estudos de mercado, alguns cursos apresentam alta empregabilidade, enquanto outros enfrentam desafios.
Os cursos com maior taxa de empregabilidade em Portugal geralmente pertencem às áreas da saúde, tecnologia e engenharia. Por outro lado, cursos das ciências sociais e humanidades tendem a apresentar menores percentagens de integração no mercado de trabalho.
Cursos com Maior Taxa de Empregabilidade
Medicina
Com uma taxa de empregabilidade próxima a 100%, os médicos encontram trabalho rapidamente devido à elevada necessidade de profissionais de saúde. Além disso, os salários na área são bastante competitivos, com médicos em início de carreira a receber entre 2.500 e 3.500 euros mensais, podendo ultrapassar os 5.000 euros com experiência e especializações.
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
Profissionais de TI têm uma taxa de empregabilidade acima de 95%, impulsionada pela digitalização e inovação tecnológica.
Os salários iniciais situam-se entre 1.800 e 2.500 euros mensais, podendo ultrapassar os 4.000 euros para especialistas em cibersegurança e desenvolvimento de software.
Engenharias
Engenharia informática, eletrotécnica, civil e mecânica possuem taxas superiores a 90%, devido à necessidade de profissionais especializados.
Os salários variam de acordo com a especialização, começando em cerca de 1.500 a 2.500 euros mensais e podendo alcançar mais de 4.000 euros para engenheiros experientes em setores estratégicos.
Enfermagem
Com uma empregabilidade superior a 95%, enfermeiros encontram oportunidades tanto no setor público quanto no privado.
Os rendimentos iniciais giram em torno de 1.200 a 1.500 euros mensais, mas podem aumentar com experiência, especialização e trabalho no setor privado ou no estrangeiro.
Gestão e Economia
Empresas e instituições procuram profissionais qualificados na área financeira, resultando em uma taxa de empregabilidade de aproximadamente 85%.
O salário médio na área pode variar, com economistas acumulando cerca de 20.000 euros anuais (1.667 euros mensais) e gestores de projeto podendo receber entre 1.700 e 3.500 euros mensais, dependendo da experiência e do setor de atuação.
Cursos com Menor Taxa de Empregabilidade
Artes Cênicas e Visuais
A taxa de empregabilidade não ultrapassa os 50%, pois o mercado para artistas é altamente competitivo e dependente de subsídios e projetos culturais. O rendimento médio mensal pode ser inferior a 1.000 euros, variando de acordo com oportunidades individuais.
Filosofia
Com menos de 40% de empregabilidade, a maior parte das oportunidades está restrita ao setor acadêmico e educacional. Os salários para professores e pesquisadores iniciantes giram em torno de 1.200 euros mensais.
História e Arqueologia
Estes cursos apresentam uma taxa de empregabilidade inferior a 45%, sendo os concursos públicos a principal porta de entrada para a profissão. A remuneração inicial pode variar entre 1.000 e 1.500 euros mensais.
Serviço Social
Embora seja uma área essencial, a taxa de empregabilidade gira em torno de 50%, dependendo das políticas públicas e do financiamento do setor. Os rendimentos médios situam-se entre 1.000 e 1.400 euros mensais.
Ciências Sociais e Políticas
A empregabilidade fica abaixo dos 55%, com dificuldades na absorção desses profissionais pelo mercado privado. Os salários iniciais costumam ser próximos de 1.200 euros mensais.

A escolha de um curso deve equilibrar vocação e empregabilidade. Apesar de algumas áreas apresentarem menor absorção no mercado de trabalho, a procura por qualificação contínua, especializações e experiência prática pode fazer a diferença na carreira. Em Portugal, profissões ligadas à saúde e tecnologia continuam a liderar em empregabilidade, enquanto algumas ciências sociais e humanidades enfrentam desafios para inserção profissional.